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"Num país de tantas riquezas, com vastos campos férteis e farta mão-de-obra disponível, por que tantas pessoas passam fome?"

Esta pergunta é feita com frequência por estudiosos do assunto e pessoas leigas diversas, a nível mundial. A resposta deve ser dada com cautela, analisando-se vários fatores intrínsecos ao sistema capitalista.

Primeiramente, pesquisando a história da humanidade, verifica-se que o ser humano possui a tendência de agir sempre para proveito próprio, sempre o "eu" em primeiro plano, independentemente da necessidade das outras pessoas. Isso é facilmente verificado através das guerras, nas quais um dos grupos deseja conquistar terras, mercados consumidores ou fontes de lucro pertencentes ao outro grupo, mesmo que para vencer seja necessário o extermínio de milhares de pessoas, inclusive inocentes.

Em segundo lugar, deve-se analisar os fundamentos do sistema capitalista. A definição básica do capitalismo é a seguinte: "o dinheiro é a medida da importância de um ser humano dentro da sociedade na qual está inserido, ou da importância de um país para o mundo". Assim, o dinheiro torna-se fundamental ao ser humano como forma de ‘status’, quem o possui em escala superior ao outro tem direito a uma vida melhor e a maiores privilégios.

Unindo-se os dois fatores analisados, verifica-se que sempre haverá o opressor, buscando seu ‘status’ às custas de outras pessoas, e o explorado, que não tendo condições de superar o poder do opressor, tem que contentar-se com sua condição precária de vida.

Conclui-se portanto, que a fome é uma consequência do capitalismo e do egoísmo de umas poucas pessoas, ambição tal, que despreza as necessidades da maioria da população.

Robson Martins - 16/11/1995